Na eleição dos novos cardeais, “o critério mais evidente é o da universalidade”, declarou neste domingo o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, afirmando que, entre os novos eleitores, há representantes de 14 países, dos quais 6 não tinham cardeais atualmente e alguns nunca tinham tido nenhum. Levando-se em conta os cardeais eméritos recém-nomeados, os países chegam a 18.
O diretor da sala de imprensa destacou que, “entre os eleitores, há 5 da Europa, 3 da Ásia, 3 da América Latina, 2 da África e 2 da Oceania”. Não há novos cardeais dos Estados Unidos e do Canadá, mas é “porque o seu número já é consistente”.
“Ficou confirmado”, prosseguiu Lombardi, “que o papa não se atém às tradicionais ‘sedes cardinalícias’, motivadas por razões históricas dos diversos países, nas quais o cardinalato era considerado quase ‘automático’”. Por isso, “temos várias nomeações de arcebispos e bispos de sedes que não tinham cardeal. Isto se aplica, por exemplo, à Itália, à Espanha, ao México, ao Panamá”.
O porta-voz destacou a presença de “países que nunca tinham tido um cardeal (Cabo Verde, Tonga, Mianmar, comunidades eclesiais pequenas ou em situação minoritária; o bispo de Tonga é presidente da Conferência Episcopal do Oceano Pacífico; a diocese de Santiago de Cabo Verde é uma das mais antigas dioceses africanas; a de Morelia, no México, é uma região muito afetada pela violência).
“Só um dos novos cardeais é da cúria romana”, disse Lombardi, “o que também é destacável, já que os cardeais ‘romanos’ continuam sendo cerca de um quarto dos eleitores”.
“É evidente que o papa tem a intenção de considerar os postos de prefeitos das congregações e algumas outras importantes instituições dentro da cúria, como, neste caso, o Tribunal da Assinatura”.
Sobre os cardeais eméritos, o porta-voz ressaltou a intenção simbólica do papa: “Eles representam muitos bispos que, com a mesma solicitude pastoral, serviram como pastores de dioceses, mas também na cúria e no serviço diplomático”. É “um reconhecimento dado simbolicamente a alguns, mas que reconhece os méritos de todos”.
Para os 12 lugares “vacantes”, o Santo Padre nomeou 15 eleitores: “Superou ligeiramente o número, mas se manteve muito perto disso”, encerrou Lombardi.
Conheça
Entre os novos Cardeais com menos de 80 anos há cinco da Europa, três da Ásia, três da América Latina, dois da África e dois da Oceania:
1 – Mons. Dominique Mamberti, Arcebispo titular de Sagona, prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica
2 – Mons. Manuel José Macário do Nascimento Clemente, Patriarca de Lisboa (Portugal)
3 – Mons. Berhaneyesus Demerew Souraphiel, C.M., Arcebispo de Addis Abeba (Etiópia)
4 – Mons. John Atcherley Dew, Arcebispo de Wellington (Nova Zelândia)
5 – Mons. Edoardo Menichelli, Arcebispo de Ancona-Osimo (Itália)
6 – Mons. Pierre Nguyên V?n Nhon, Arcebispo de Hanóid (Vietnã)
7 – Mons. Alberto Suárez Inda, Arcebispo de Morelia (México)
8 – Mons. Charles Maung Bo, S.D.B., Arcebispo de Yangon (Myanmar)
9 – Mons. Francis Xavier Kriengsak Kovithavanij, Arcebispo de Bangkok (Tailândia)
10 – Mons. Francesco Montenegro, Arcebispo de Agrigento (Itália)
11 – Mons. Daniel Fernando Sturla Berhouet, S.D.B., Arcebispo de Montevidéu (Uruguai)
12 – Mons. Ricardo Blázquez Pérez, Arcebispo de Valladolid (Espanha)
13 – Mons. José Luis Lacunza Maestrojuán , O.A.R., Bispo de David (Panamá)
14 – Mons. Arlindo Gomes Furtado, Bispo de Santiago de Cabo Verde (Capo Verde)
15 – Mons. Soane Patita Paini Mafi, Bispo de Tonga (Ilhas de Tonga)
Os cinco arcebispos e bispos eméritos que serão criados cardeais são:
1 – Dom José de Jesús Pimiento Rodríguez, Arcebispo emérito de Manizales (Colômbia);
2- Dom Luigi De Magistris, Arcebispo de Nova, Pró-Penitencieiro Maior emérito (Itália);
3- Dom Karl-Joseph Rauber, Arcebispo de Giubalziana, Núncio Apostólico; (Alemanha)
4- Dom Luis Héctor Villalba, Arcebispo emérito de Tucumán (Argentina);
5- Dom Júlio Duarte Langa, Bispo Emérito de Xai-Xai (Moçambique).
Fonte: Zenit/ACI