Papa Francisco e o ano de 2014

Certamente um dos protagonistas do ano que se encerra, Francisco focalizou o tema da família como central em 2014. O Sínodo Extraordinário dos Bispos sobre a Família concentrou esforços por parte de toda a Igreja e atraiu a atenção da mídia global, não obstante o evento de 5 a 19 de outubro tenha sido apenas o primeiro passo de um longo caminho em vista do decisivo encontro ordinário. Em outubro de 2015, a assembleia será chamada a se expressar sobre tópicos delicados, como o sacramento da comunhão aos divorciados, as uniões homossexuais, as adoções, as técnicas de fecundação artificial, a contracepção, o aborto e a eutanásia.

Diplomacia

Pope_Francis_South_Korea_2014Ainda como protagonista, Jorge Mario Bergoglio foi um dos principais atores da diplomacia no mundo, marcando sucessos notáveis. O mais recente, em 17 de dezembro passado, gerou a histórica reabertura das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba, assinalada pelos discursos em simultânea dos Presidentes Barack Obama e Raul Castro, irmão do líder máximo Raul, em que ambos ressaltaram o papel decisivo de mediação desempenhado pelo Pontífice.

Cúria

Quanto à vida interna do Vaticano, poucos dias atrás tivemos a nomeação do novo Camerlengo de Santa Romana Igreja, o Cardeal francês Jean-Louis Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, que substitui o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado emérito, que completou 80 anos.

Do ponto de vista mais espiritual, o evento mais significativo foi a dupla canonização, na Praça São Pedro, em 27 de abril, dos dois Papas João XXIII e João Paulo II, diante de dois Papas, Francisco e o emérito Bento XVI. Bergoglio e Ratzinger se encontraram durante o ano também em 22 de fevereiro, por ocasião do Consistório para a criação de novos Cardeais: pela primeira vez, dois Papas vivos estavam juntos na Basílica.

Num âmbito mais ‘terreno’, recordamos que Francisco interveio também para renovar, por mais cinco anos, a Comissão de Vigilância do IOR, Instituto de Obras Religiosas, que tem como membros os Cardeais Christoph Schoenborn, Arcebispo de Viena, Thomas Christopher Collins, Arcebispo de Toronto; Jean-Louis Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Santos Abril y Castelló, Arcipreste da Basílica de Santa Maria Maior, e Pietro Parolin, Secretario de Estado, que entrou como membro também no chamado C9, o Conselho de Cardeais para a reforma da Cúria Romana.

Fonte: Rádio Vaticana

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