Homossexualidade x Sacramento do Matrimônio

Manchetes e mais manchetes na grande imprensa brasileira noticiaram nos últimos dias: “AL tem primeiro casamento gay celebrado por bispo católico”. Para muitos desavisados e que não gostam de ler os textos completos, trata-se de mais uma polêmica envolvendo a Igreja, mas na realidade refere-se à Igreja Católica Brasileira, dissidência da Igreja Católica Apostólica Romana, e que não tem nada a ver com a instituição bimilenar, apesar de apresentar a mesma paramentação, que pode confundir a muitos.

É comum relatos de Padres da tal Igreja envolvidos em polêmicas, como falsos batismos, casamentos, se passando por religiosos da Igreja Católica Romana.

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Foto: Intitulado Dom Fernando Pugliese

O casamento dos dois homens foi realizado em Alagoas e não contou  com o apoio geral da denominação dissidente. Após a repercussão, a Igreja Brasileira emitiu nota dizendo-se contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O ministrante da bênção, autointitulado bispo (foto), disse que fez a petição à cúpula da Igreja e nem todos aprovaram. Mesmo assim decidiu fazer o ato, que não tem valor algum como Sacramento do Matrimônio para a Igreja Católica Apostólica Romana.

A homossexualidade 

Para a Igreja Católica Apostólica Romana a homossexualidade deve ser tratada com respeito, compaixão e delicadeza como apresentado no Catecismo da Igreja Católica:

§2357 – “A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante , por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (Gn 19,1-29; Rm 1,24-27; 1Cor 6,9-10; 1Tm 1,10), a tradição sempre declarou que “os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados” (CDF, decl. Persona humana, 8). São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados”.

Não devem ser discriminados

§2358 – “Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condição homossexual; para a maioria, pois a maioria, pois, esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa da sua condição”.

São chamados à castidade

§2359 – “As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadores da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.”

Fontes: Blog Ancoradouro e Catecismo da Igreja Católica

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