Raul Castro: ‘Se o Papa continuar assim, voltarei para a Igreja’

O presidente cubano se mostrou muito impressionado com a personalidade do papa argentino e pediu que rezassem por ele. Também agradeceu ao Santo Padre por sua contribuição para a aproximação entre Havana e Washington

O presidente de Cuba, Raul Castropapa-e-raul reconheceu no último domingo em Roma que está “muito impressionado com a sabedoria, a modéstia e todas as virtudes” do Papa Francisco. Durante uma reunião posterior com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, o líder cubano disse: “Eu leio todos os discursos do Papa. Se continuar falando assim, eu lhes garanto que voltarei a rezar e  voltarei para a Igreja. E não falo brincando”.

Em um breve encontro com a imprensa, Raúl Castro também prometeu comparecer a “todas as missas” que o Papa argentino celebre na ilha e até mesmo se declarou “jesuíta como o Papa”, porque tinha estudado em escolas da Companhia de Jesus. Depois de uma audiência privada no Vaticano, o presidente já tinha se despedido do Papa pedindo-lhe: “E você, reze por mim!”. Era a sua proposta às últimas palavras de Francisco, que sempre pede para o interlocutor uma oração pela sua pessoa.

O encontro com o Papa durou cerca de 55 minutos e serviu para preparar a visita do Papa a Cuba, prevista para o próximo mês de Setembro, tal como foi confirmado por ambas as partes. Francisco será o terceiro papa a viajar para a ilha, depois das visitas realizaram em 1998, João Paulo II e Bento XVI em 2012.

Embora a audiência de Raul Castro não tenha tido caráter oficial e o conteúdo da reunião permaneça em segredo, vazaram algumas palavras do presidente cubano, nas quais aplaudiu a intervenção internacional do primeiro papa latino-americano: “Agradeço ao Santo Padre pela sua contribuição para a aproximação entre Cuba e os Estados Unidos”.

A reação de Raúl Castro depois de conhecer Francisco foi muito semelhante à do presidente Barack Obama depois de sua visita ao Vaticano, em março de 2014. “O Papa nos desafia”, disse então o chefe dos EUA, “sua autoridade moral faz que suas palavras contem. A sua é uma voz que o mundo deve escutar”.

A liderança mundial do pontífice argentino foi evidente no último dia 17 de dezembro, quando a comunidade internacional descobriu até que ponto o Papa Francisco estava disposto a colocar a diplomacia vaticana a serviço da paz e do diálogo. Naquela jornada histórica em que  os presidentes dos EUA e Cuba se declararam dispostos a deixar atrás o conflito que dividiu a América durante meio século, tanto um como o outro destacaram publicamente o trabalho de mediação do Santo Padre.

 

Fonte: Zenit

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